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Cidades

Estudo indica que variantes Amazônica e Inglesa foram responsáveis pelo colapso da saúde em Campos

07/07/2021 às 12h33

 

As variantes do novo coronavírus, Amazônica (P.1) e Inglesa (B.1.1.7), essa última descoberta no Reino Unido no final do ano passado, foram as responsáveis pelo colapso no sistema de saúde de Campos, em março deste ano, com o aumento dos casos graves e mortes pela Covid-19. Foi o que apontou o relatório técnico divulgado pelo Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM/UFRJ) de Macaé, que firmou convênio com a Prefeitura, em fevereiro deste ano, para sequenciamento de amostras de pacientes graves para tentar identificar, de forma precoce, as novas variantes da Covid-19.

 

O subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Proteção da Saúde, Charbell Kury, disse que foram coletadas 41 amostras de pacientes internados no município, sendo que 39 testaram positivo para a doença. “Firmamos essa parceria na intenção de estarmos preparados para uma possível onda da doença em Campos. Essa preparação envolve um trabalho chamado Vigilância Genômica, que visa monitorar novas variantes com maior potencial de transmissão do novo coronavírus”, explicou ele, destacando que o município precisava saber quem poderia ser o responsável por aumentar a infecção pelo vírus, com 100% de ocupação dos leitos hospitalares e mortes.

 

Charbell afirmou que a Subpav pensava inicialmente em se tratar apenas da variante Amazônica. “Para nossa surpresa, quando chegou o relatório com as amostras coletadas em março, abril e maio deste ano, fomos informados que a variante inglesa também foi a responsável pelo colapso na saúde”, explicou ele, destacando que, embora a variante indiana já tenha chegado ao Brasil, não há informação de sua circulação em Campos.

 

O subsecretário destacou que o trabalho do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e a ampliação da testagem contra a Covid-19 têm ajudado a criar esse escudo de proteção na cidade. “Todas as pessoas que testam positivo para a doença, por meio do teste de antígeno (nasofaringe) e o teste sorológico, feito em seis unidades de saúde do município, convidamos para coletar amostras e enviamos para o sequenciamento pela UFRJ”, afirmou.

 

As unidades que oferecem a testagem são: Unidade Básica de Saúde (UBS) Patronato São José, que funciona nas instalações da Fundação Municipal de Infância e Juventude (FMIJ), no bairro da Lapa, UBS São Sebastião, UBS da Penha, UBS Morro do Coco, UBSF de Lagoa de Cima, UPH de Ururaí e Centro de Saúde de Guarus.

 

Charbell explicou que a guerra contra a Covid não acabou. “Só vai terminar quando 70% da população estiver vacinada contra a Covid. Até lá, as pessoas devem continuar adotando as medidas de proteção, como o uso de máscara, distanciamento social e seguir os protocolos de saída e volta para a casa”, disse ele, ressaltando que a aparente tranquilidade pode ser quebrada a qualquer momento com a chegada de nova variante.

 

“É contra isso que a Vigilância Genômica está lutando. Criamos um sistema de monitoramento comparado a estados com nível socioeconômico mais elevado, como São Paulo e Rio de Janeiro, que antecipa em até duas semanas se Campos terá casos graves, como ocorreu em março deste ano, quando a prefeitura teve que adotar lockdown total”, disse Charbell. Entre o final de junho e início deste mês, o município não registrou mortes por dois dias seguidos.

 

Fonte: Prefeitura de Campos dos Goytacazes

 

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