Encerram nesta segunda-feira, 12, os festejos de Nossa Senhora da Penha, na Praia de Atafona, em São João da Barra. Devido à pandemia, as festividades foram realizadas por meio de transmissões on-line. As comemorações começaram no dia 4 de abril, no domingo de Páscoa. No momento desta postagem estava acontecendo o último evento dos festejos, uma pereguinação em carro aberto pelas ruas de Atafona e da sede de São João da Barra, que substituiu a tradicional procissão. (Veja aqui no link).

 Peregrinação em carro aberto, em substituição à procissão terrestre, ocorrida na noite desta segunda (12)

Ao longo dos dias da programação religiosa, vários sacerdotes presidiram a Santa Missa como Pe. Francisco de Assis, Pe. Alci Andrade, Pe. Michael Bruno, Pe. Marcos Pinalli e o Pe; Gustavo Ribeiro.

Alguns fiéis puderam participar das celebrações religiosas, com a atualização do decreto das autoridades de vigilância sanitária. O novo decreto municipal, da Prefeitura de São João da Barra, permite atividades religiosas presenciais, desde que respeitado o percentual máximo de 30% da capacidade de assentos, além do distanciamento social e demais medidas de proteção, inclusive com aferição de temperatura nos templos.

Ao longo desta segunda, dia 12 de abril, dia da Padroeira, foram sete celebrações eucarísticas realizadas no Santuário e transmitidas pelas redes sociais da Irmandade de Nossa Senhora da Penha. A missa solene das 10 horas da manhã foi presidida pelo vigário-geral da Diocese de Campos Monsenhor Leandro Diniz, concelebrada pelo pároco Pe. Jorge Guimarães. A celebração contou com a participação na assembleia de profissionais da saúde da cidade, que atuam na linha de frente no combate a Covid-19, causada pelo novo coronavírus.

Dentro da programação dos festejos, no último domingo (11/04), foi realizada a procissão fluvial nas águas do Rio Paraíba do Sul, além de um sobrevoo com a imagem da padroeira pelo município de São João da Barra, que aconteceu na tarde do último sábado (10/04). Por meio das redes sociais, os devotos de Nossa Senhora da Penha enfatizaram a beleza da expressão da devoção. “Mesmo virtual, não deixou morrer a tradição”, afirmou Nelma Elizardo.

Procissão fluvial que ocorreu neste domingo, 11

Para o diácono permanente Márcio Fernandes, que auxiliou na organização da programação, todo o evento contou com a participação popular, mesmo que a distância. "Muitos desejavam estar aqui, mas infelizmente não puderam devido a toda essa questão da pandemia. A programação foi pensada com todo o carinho, as pessoas participaram efetivamente por meio das redes sociais. Agradecemos a todos, que com a oração e a participação on-line se irmanaram conosco em mais uma festividade da padroeira da Praia de Atafona", disse o diácono.

História - Nossa Senhora da Penha é o título da Virgem Maria que teve início quando um monge francês chamado Simão sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que estava enterrada no alto de uma montanha de difícil acesso. A imagem estaria enterra ali por causa de uma guerra entre franceses e muçulmanos. Os católicos escondiam suas imagens para que elas não fossem destruídas pelos invasores islâmicos. No sonho, a imagem aparecia cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la. Simão procurou pela serra durante cinco anos, sem sucesso. Mas, então, num dia especial, teve a informação de que a serra que ele descrevia chamava-se Penha de França e ficava no norte da Espanha. Simão Vela dirigiu-se para lá o mais rápido que pode.

Devoção a Nossa Senhora da Penha chegou ao Brasil pelos colonizadores portugueses. A primeira capela em sua honra foi construída em Vila Velha, na antiga Capitania do Espírito Santo, entre 1558 e 1570. A construção foi levada a frente por Frei Pedro Palácios, um espanhol cheio de fé e devoto da santa. Depois foi erguida a Igreja da Penha do Irajá (1635).

As comemorações da Festa de Nossa Senhora da Penha têm data móvel, ela se inicia no Domingo de Páscoa e termina 09 dias depois. A Festa da Penha, como é conhecida, tem origem novamente na devoção a Nossa Senhora das Alegrias. Uma das alegrias de Maria é a ressurreição de Jesus, por isso, celebrada na Páscoa. Algumas dioceses celebram no dia 8 de setembro, como na França.

Da redação do VNOTÍCIA com informações da Diocese de Campos