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GERAL

Greve de professores do Estado ganha força no interior

Em SFI, Campos e SJB parte dos docentes aderiram. Escolas de Barra e Santa Clara têm 100% de adesão.

03/03/2016 às 10h59 | By: V NOTÍCIA

Começou nesta quarta-feira, 02-03, a greve, por prazo indeterminado, dos servidores estaduais da Educação. Estima-se que essa seja a greve de maior adesão dos professores das escolas do interior dos últimos anos.

 

Em São Francisco de Itabapoana, duas escolas estão com adesão de 100 % dos professores, é o caso do Colégio Estadual Ana Nunes Viana, em Barra do Itabapoana, e Colégio Estadual Agostinho Chryzanto de Araújo, em Santa Clara.

 

Já os Colégios Estaduais Ercília Muylaert de Menezes (Gargaú), Domires Machado (Travessão de Barra), Joaquim Gomes Crespo (Praça João Pessoa) e Ciep Celso Martins Cordeiro (Centro) estão com adesão parcial.

 

Segundo apurou o V NOTÍCIA, os professores dos Colégios Estaduais São Francisco de Paula (Centro) e Pedro Cerqueira (Imburi) não aderiram ao movimento grevista.

 

Também é forte a adesão de professores de Campos dos Goytacazes e São João da Barra. Na avaliação do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe), 70% da categoria cruzou os braços. Por isso, a entidade avaliou a greve como positiva e manteve o movimento por prazo indeterminado.

 

Milhares de servidores públicos do Rio de Janeiro se uniram aos professores e realizaram, nesta quarta-feira (2), um protesto contra o governo do Rio de Janeiro. Aos gritos de "fora Pezão", em referência ao governador Luiz Fernando Pezão, os servidores ocuparam a frente da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) e caminharam até a Cinelândia. Estudantes também participaram da manifestação.

 

Reinvindicações

 

Segundo o Sepe, a greve tem como objetivos principais os seguintes pontos: reajuste salarial; contra as propostas de mudança no sistema previdenciário dos servidores estaduais enviada para a Alerj no dia 2 de fevereiro; retorno do calendário anterior de pagamentos; fim do parcelamento de salários; e pagamento integral do décimo terceiro salário (que foi parcelado em cinco vezes), entre outras reivindicações.

 

Ainda de acordo com o Sindicato, em 2015, mesmo com o avanço da inflação, os professores e funcionários das escolas estaduais não tiveram qualquer tipo de reajuste salarial. Se não bastasse, agora, o governador encaminhou à Assembleia Legislativa do estado (ALERJ), no dia 02/02, um projeto de lei que modifica a Previdência dos servidores, retirando direitos e aumentando a contribuição dos servidores, aposentados e pensionistas para o Rioprevidência.

 

Contraponto

 

O Estado apontou incoerências nas reclamações dos servidores e defende que os salários então sendo pagos em dia. Também defendeu que as parcelas devidas do 13º salário do funcionalismo estão sendo pagas com correção 1,93%, índice que seria superior à inflação.

 

 

A Secretaria de Estado de Educação informou que lamenta a decisão do Sepe de iniciar a greve, e, contradizendo o que disse o Sindicato, afirmou que só 3% do total de 82 mil servidores aderiram ao movimento nesta quarta. "Essa atitude, no atual e conhecido difícil momento econômico do Estado, somente prejudica os alunos dos professores que aderirem", diz a nota.

 

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