Os professores da rede estadual, em greve há oito dias, realizaram uma passeata pelo Centro de São Francisco de Itabapoana, na manhã desta quinta-feira, 10.
Vários alunos deram apoio aos professores e participaram da manifestação. Durante a passeata, os professores insatisfeitos com a administração fluminense, gritavam palavras de ordem e cantavam paródias contra o Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A passeata teve início no trevo de acesso às praias, seguiu até o Colégio Estadual São Francisco de Paula e terminou na Praça da Matriz de São Francisco de Paula.
No Colégio Estadual São Francisco de Paula houve uma parada para discursos. Os grevistas tentaram sensibilizar mais professores a aderirem à greve. Segundo Mayra Henriques, que integra o comando de greve em São Francisco, até esta quarta-feira (09), apenas 10% dos professores daquela escola estavam em greve.
Na Praça São Francisco de Paula, os grevistas explicaram à população os motivos da paralisação. Alguns alunos prestaram solidariedade aos professores e também discursaram em apoio à greve. Agentes da Empresa Municipal de Trânsito (Emtransfi) e da Guarda Civil Municipal acompanharam o evento para desviar o trânsito.
Reinvindicações
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe), a greve tem como objetivos principais os seguintes pontos: reajuste salarial; contra as propostas de mudança no sistema previdenciário dos servidores estaduais; retorno do calendário anterior de pagamentos; fim do parcelamento de salários; pagamento integral do décimo terceiro salário (que foi parcelado em cinco vezes); e melhoras nas escolas, principalmente naquelas que estão precisando de reformas, entre outras reivindicações.
Ainda de acordo com o Sepe, em 2015, mesmo com o avanço da inflação, os professores e funcionários das escolas estaduais não tiveram qualquer tipo de reajuste salarial. Nesta sexta-feira (11), o Sepe realiza nova assembleia geral para definir os rumos da greve.
O movimento de greve teve uma boa notícia, que foi a retirada de pauta na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro do projeto de lei que aumentava de 11% para 14% a contribuição dos trabalhadores ao Rioprevidência.