Os policiais civis da 147ª Delegacia Legal de São Francisco de Itabapoana aderiram à paralização de 72 horas, aprovada pelo Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Rio (Sinpol).
A paralização começou as 12h de sexta-feira por 72 horas, voltando somente no mesmo horário na segunda-feira, por conta dos atrasos nos pagamentos e o sucateamento da Polícia Civil.
Chamada de "Operação Basta", a mobilização foi decidida em assembleia-geral extraordinária, realizada pelo Sinpol na noite desta quinta-feira, 10.
Durante a paralisação, que atinge também as delegacias de Campos, São Fidélis e São João da Barra, só serão atendidos casos de prisões em flagrante, medidas protetivas, apreensão de drogas, remoção de cadáveres, cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão e registros de ocorrências em que envolva violência — homicídio, estupro, latrocínio, roubo e furto de veículos.
O Sinpol divulgou uma nota à imprensa com o seguinte teor:
O Sindicato dos Policiais Civis – SINPOL repudia as ações do Governador Pezão em relação aos servidores estaduais, prejudicando-os com o atraso no pagamento de seus salários, parcelamento do 13º, o que atinge a todos, incluindo os servidores da ativa, aposentados e pensionistas.
A categoria da polícia civil não concorda com a alteração na data em que os salários são depositados, que mudaram do 2º, para o 7º dia útil e agora para o 10º dia útil. Essa mudança afeta a vida financeira dos policiais que têm compromissos que não podem ser adiados. Recebendo os salários entre 14 a 16 vão pagar tudo com juros altos.
A categoria repudia também os constantes atrasos no pagamento do RAS – Regime Adicional de Serviços, programa implantado pelo próprio Governo do Estado, atraso que já chega a 4 meses.
É do conhecimento de todos que o Estado do Rio passa por grave crise financeira, oriunda do não recebimento dos royalties do petróleo. A Crise está agravada com as bilionárias isenções fiscais às grandes empresas, de R$ 138 bilhões, que garantiriam o pagamento dos servidores por cinco anos. Além dos dispendiosos contratos das obras dos jogos olímpicos que serão realizados em agosto próximo. Contudo, os policiais civis não aceitam que o ajuste que o governo faz, recaia em seus ombros.