A comunidade quilombola de Deserto Feliz está isolada. Localizada no extremo norte do município, a localidade fica perto de Morro do Coco, distrito campista que viveu uma catástrofe por conta das chuvas.
Uma ponte que liga Deserto Feliz a Morro do Coco foi arrasta pela força da água e a estrada entre Praça João Pessoa e Deserto Feliz encontra-se intransitável para carros, motos e caminhões. Virou um atoleiro, que apenas carros com tração nas quatro rodas consegue passar.
Felizmente os moradores desta comunidade não chegaram a ficar desalojados ou desabrigados. Entretanto, a população que já é carente, e agora por conta do isolamento, carece de água e gêneros alimentícios.
Defesa Civil arrecada donativos
A Devesa Civil de São Francisco de Itabapoana está arrecadando donativos para as famílias de Deserto Feliz. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o ponto de entrega de doações é na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, na RJ-232, estrada que liga São Francisco a Guaxindiba, na Fazendinha.
“Nosso carro traçado conseguiu chegar lá ontem (09), e catalogamos 150 famílias precisando de ajuda. A Defesa Civil já está disponibilizando cobertores e colchões que temos em estoque. O que precisamos do apoio da população é para água mineral, agasalhos e alimentos não perecíveis. Vamos mandar uma equipe neste sábado voltar lá para levar os primeiros mantimentos”, disse o secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Ilzomar Soares.
Ilzomar disse ainda que uma equipe com máquinas está se deslocando, também nesse sábado, para tentar desobstruir o atoleiro que se formou entre Praça João Pessoa e Deserto Feliz. “A estrada está com quase um metro de altura de lama”, disse.
A comunidade que estava sem energia elétrica nesta sexta-feira, já teve restabelecido o fornecimento da energia. Faltou água também em Deserto Feliz. Segundo Ilzomar uma equipe está se deslocando para a comunidade neste sábado para resolver também o problema.
Quatro famílias de Imburi desabrigadas
As chuvas que castigaram a região deixaram quatro famílias desabrigadas, num total de 19 pessoas, na localidade de Imburi, também em São Francisco de Itabapoana. Eles foram acomodados em um abrigo da Prefeitura de São Francisco ontem, 09, onde passaram a noite e madrugada deste sábado. São pessoas que tiveram suas casas invadidas pela água, já que manilhas que passam por baixo da RJ-224 não deram vasão à força da água.
Revoltados, os morador chegaram a interditar a RJ-224, colocando fogo em galhos e pneus na manhã desta sexta-feira. O trânsito ficou interrompido por cerca de três horas.
Neste sábado, 10, uma força tarefa do DER e da Prefeitura de São Francisco de Irabapoana vai se deslocar para Imburi com máquinas para dar início às melhorias no local, a fim de sessar o problema.
Os moradores reivindicam ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a colocação na RJ-224 de mais um bueiro celular de concreto para escoamentos das águas das chuvas que ficaram represadas, inundando residências.
Trecho onde alagou na RJ-224 volta à normalidade
O trecho da RJ-224, próximo ao limite de Campos com São Francisco de Itabapaona, onde se formou um ponto de alagamento por cima do asfalto nesta sexta-feira, 09, voltou a normalidade.
A água que estava sobre a pista, formando uma correnteza, já baixou. Segundo a Defesa Civil, o local resistiu bem à inundação, e, a princípio, o trabalho de manutenção que terá de ser feito é apenas de retirada de areia e limpeza dos bueiros.
Santa Luzia
A Defesa Civil de São Francisco também vai enviar neste sábado uma equipe para Santa Luzia. A comunidade também fica numa região longínqua de São Francisco, próximo a Morro do Coco.
Uma ponte que fica na estrada entre Pingo D’Água e Santa Luzia foi arrastada pela força da água do Ribeirão Guaxindiba.
A outra estrada de acesso, por Alegria dos Anjos, está em péssimas condições, inclusive um caminhão de leite adernou em um buraco, tendo sido retirado com muita dificuldade, próximo à localidade de Quilombo.



