O motorista do resgate municipal de São Francisco de Itabapoana Gil Tadeu Gomes Vicente compareceu neste domingo, 13, à 147ª Delegacia Legal de São Francisco de Itabapoana onde registrou boletim de ocorrência de agressão sofrida durante o exercício de sua atividade profissional.
Ele relatou que no sábado, 12/05, por volta das 22h30m saiu com a equipe do resgate municipal para atender uma vítima de acidente de moto ocorrido na RJ-224 na localidade de Santa Rita próximo a um restaurante às margens da rodovia.
Chegando ao local, a equipe de socorristas encontrou G.P.T., no asfalto após ter caído sozinho da moto que pilotava. Imediatamente a equipe começou a fazer os procedimentos de primeiros-socorros.
Neste momento, quem chegou à cena do acidente foi o pai da vítima L.S.T., segundo o motorista, visivelmente alterado em busca de informações.
Como a vítima havia sofrido desmaio, o técnico de enfermagem W.P.B, explicou ao pai da vítima que antes de seguir para o Hospital Ferreira Machado era necessário estabilizá-lo, e que estava sendo feito punção venosa e avaliação clínica e que isto não demoraria mais que 5 minutos.
No entanto, segundo o motorista do resgate, o pai da vítima começou a gritar para os socorristas que deveria levar logo o filho para o Hospital Ferreira Machado e passou a esmurrar a lateral do carro resgate.
Segundo ainda o boletim de ocorrência, o agressor não satisfeito se dirigiu a frente do veículo tentando entrar na cabine alegando que iria levar o carro.
Entretanto, o motorista logo entrou no veículo para seguir para Campos. Neste momento, o pai da vítima puxou o motorista pela camisa dando-lhe um soco na região da costela esquerda.
Após se desvencilhar do agressor o motorista seguiu em frente para o Hospital Ferreira Machado onde a vítima foi internada.
Comentário do site
Esta não é a primeira vez que a equipe do resgate municipal de SFI sofre ameaças e agressões. São homens dedicados e competentes que salvam vidas. Eles precisam ser respeitados. Não podemos admitir que sejam agredidos. Pelo contrário, o trabalho que exerce necessita de apoio e tranquilidade para trabalhar. Quando chegam à cena do acidente, sabemos que o clima está tenso e a preocupação dos parentes querendo saber notícias é normal. Mas dai a agredir quem está salvando vidas, não podemos aceitar e nem compreendemos. Será que os socorristas terão que trabalhar com segurança?