O consumidor brasileiro vai ter que colocar a mão no bolso para cobrir o déficit do setor elétrico. A proposta de rever o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de 2018 é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), após a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que administra o fundo do setor elétrico constatar que o orçamento da CDE é insuficiente para pagar todas as despesas.
Com a revisão no orçamento, os consumidores vão ter que desembolsar R$1,4 bilhão a mais para abastecer o fundo do setor elétrico. O valor vai ser repassado aos consumidores por meio da tarifa de energia, na conta de luz.
Apesar de a proposta da Aneel passar por uma audiência pública entre os dias 8 e 28 de agosto, o aumento da CDE já foi repassado para as tarifas de energia reajustadas a partir desta terça-feira, 7 de agosto.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, a nova despesa vai ser repassada para todas as tarifas elétricas reajustadas neste ano. Para as empresas que já passaram por reajuste em 2018, o valor só será incluído na tarifa dos consumidores em 2019.
Segundo a Aneel, o fundo do setor elétrico financia várias medidas, entre elas, subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda; pagamento de indenizações a empresas, programas como o Luz Para Todos e compra parte do combustível usado pelas termelétricas que geram energia para a região Norte do país.
De Brasília, Ivana Figueiredo.