Após o pastor Israel Maciel Gonçalves Ribeiro, de 45 anos, se apresentar à 145ª Delegacia Legal de São João da Barra, por volta das 20h30 desta quarta-feira, 20, ocasião em que confessou o crime, a delegada Madeleine Farias convocou a imprensa para uma entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira para dar detalhes da investigação.
Segundo a delegada, o pastor Rael, como é conhecido Israel, deu um depoimento de aproximadamente 3 horas à Polícia Civil. Ele está solto porque não foi capturado em flagrante, mas a Justiça poderá expedir um mandado de prisão. Uma mulher, que teria se passado por fiel da igreja e prestado um depoimento com informações inverídicas, foi presa em flagrante por falso testemunho.
De acordo com Madeleine, o pastor confessou o crime e disse que o motivo que o levou a praticá-lo foram as constantes ameaças que sofria do jovem Lucas Muniz Abucezze, que morava próximo à Igreja Assembleia de Deus comandada por Israel. A vítima era usuário de drogas.
O pastor contou aos agentes da Polícia Civil que Lucas insultava ele, a família e outros membros da igreja constantemente. Com medo das ameaças do jovem, Israel passou a andar armado, com um revólver antigo de seu pai. No dia do crime, Lucas teria, mais uma vez, xingado e ofendido o pastor, que efetuou os disparos.
Lucas foi atingido por quatro tiros, o primeiro no tórax, outros dois nas costas e o último na nuca. Após cometer o homicídio, Israel fugiu com a arma do crime e se escondeu na casa de sua falecida mãe, no Parque Prazeres, onde permanecia até quarta-feira (20), quando procurou à delegacia para fazer a confissão, por volta das 21h.
Ainda de acordo com a delegada, o pastor deve ser preso assim que o mandado de prisão for expedido e vai responder por homicídio qualificado privilegiado. A pena para esse crime é de 12 a 30 anos de prisão, podendo ser reduzida para 1/3 a 1/6 do tempo de cumprimento previsto.
O rapaz assassinado já tinha passagem pela polícia por furto e posse de drogas para consumo próprio.
Falso testemunho
Uma mulher, de iniciais M.M.S.M., de 50 anos, foi presa em flagrante após dar um depoimento falso na delegacia sobre o referido crime. Ela disse que era fiel da igreja e que o pastor teria sido baleado por Lucas e disparou contra ele para se defender. Essa informação não é verdadeira. Israel não foi ferido por arma de fogo. Quando os policiais e a delegada tiveram a confirmação de que o depoimento não procedia, autuaram a mulher por falso testemunho. Ela pagou fiança de R$ 1 mil e foi liberada, mas terá de responder pelo crime.
Fonte: Com informações do Site Terceira Via