Dois pescadores resgataram na tarde desta segunda-feira, 11/07, uma tartaruga que estava presa a uma rede de pesca colocada por pescadores a cerca de 400 metros da praia.
Segundo o pescador Rony, por volta das 14 horas ele observava o mar, quando percebeu algo se batendo próximo às redes de pesca.
“Chamei meu irmão e contei que poderia ser uma tartaruga ou um mero. Fomos de barco até o local e conseguimos resgatar o animal”, diz.
A tartaruga identificada pela equipe do projeto TAMAR como “Caretta caretta”, ou popularmente conhecida por “cabeçuda” estava com vida, mas bastante debilitada.
Levada pelo TAMAR para sua sede em Santa Clara, a tartaruga recebeu atendimento de dois veterinários. O biólogo Daniel Vasconcelos Shimada da Base Bacia de Campos da Fundação Pró-TAMAR disse que os veterinários suspeitam que a tartaruga tenha engolido um anzol. Ela mede 1,36m de comprimento e pesa 140kg.
“Entre os meses de setembro e março é comum encontrarmos espécies adultas em nossas praias, pois elas utilizam o litoral sanfranciscano como área de acasalamento e desova”, diz.
Segundo Daniel elas vivem em regiões de mar aberto, se alimentando de carangueijos, moluscos, mexilhões e outros invertebrados triturados com ajuda dos poderosos músculos de sua mandíbula.
“Nossa visitante de hoje, foi capturada incidentalmente em uma rede, e apresentava uma linha de pesca saindo de sua cloaca. Provavelmente há um anzol dentro dela. As tartarugas identificam suas presas visualmente, e, infelizmente, é comum esses animais confundirem anzol, plástico, metal ou qualquer outro objeto artificial com sua alimentação habitual, o que pode acabar causando sua morte. As tartarugas-cabeçudas podem viver em média até os 100 anos. Felizmente, nossa tartaruga de hoje já está sob cuidados veterinários e terá uma segunda chance, concluiu”