Um bebê de 11 meses foi picado por um escorpião no início da noite desta terça-feira, 09, em São Francisco de Itabapoana. O caso aconteceu na localidade de Máquina, ao norte do município.
O bebê L.F.S.S., 11 meses, foi socorrido pelo Resgate Municipal e levado para o Hospital Manoel Carola (HMC). Na frente do Hospital, dentro da ambulância, a criança recebeu os primeiros atendimentos da equipe médica, e foi levada imediatamente para o Hospital Ferreira Machado (HFM), ou seja, o bebê não chegou a dar entrada no HMC.
A criança deu entrada com quadro estável no HFM. Segundo a Assessoria de Imprensa daquela unidade hospitalar, o bebê recebeu o soro antiescorpiônico e permaneceu em observação. Felizmente, na manhã desta quarta-feira (10), L.F.S.S. teve alta e passa bem.
Os quadros de picada de escorpião em São Francisco de Itabapoana preocupam a população, que teme o ataque dos aracnídeos. O município não é centro de referência no tratamento de pessoas vítimas de picadas de animais peçonhentos, apesar de ter uma extensa Zona Rural, onde são comuns os casos de picadas de cobras, além de ter muitos casos registrados de picadas de escorpião. O Hospital Ferreira Machado é o local mais próximo no Norte Fluminense para a aplicação do soro.
* Principais cuidados a serem tomados para evitar acidentes com animais peçonhentos terrestres:
• Em locais ou situações de risco para acidentes por animais peçonhentos (ex.: florestas, matas, trilhas, áreas com acúmulo de lixos, atividades de lazer, de limpeza, serviços de jardinagem, entre outros), utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de couro, botas de cano alto e perneira;
• Olhe sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer;
• Não coloque as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário mexer nestes locais, use um pedaço de madeira, enxada ou foice;
• Não mexa em colmeias e vespeiros. Caso estes estejam em áreas de risco de acidente, contate a autoridade local competente para a remoção;
• Inspecione roupas, calçados, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes, antes de usá-los;
• Afaste camas e berços das paredes e evite pendurar roupas fora dos armários;
• Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto, e procure a autoridade de saúde local para orientações;
* Principais cuidados a serem tomados para evitar acidentes por animais aquáticos peçonhentos:
• Em locais rochosos ou com pedras soltas, caminhe sempre com os pés protegido por um calçado firme, de solado antiderrapante (tênis ou sapatilha);
• Fique longe das áreas com grandes populações de ouriços-do-mar;
• Evite colocar as mãos desprotegidas em tocas ou sob rochas;
• Evite banhos em praias onde aconteceram acidentes recentes por águas vivas e caravelas;
• Em rios e lagos, atenção com o risco de ferimentos por arraias, bagres ou qualquer outro animal aquático perigoso conhecido para a região. Em áreas de reconhecida ocorrência de arraias, caso seja indispensável andar dentro da água, tatear o caminho com um pedaço de madeira e arrastar os pés no chão, cuidadosamente, ao caminhar;
• Em atividades de pesca, manuseie cuidadosamente os peixes durante sua retirada do anzol ou rede;
* Principais recomendações em caso de acidentes por animais peçonhentos:
• Procure atendimento médico imediatamente;
• Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro;
• Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados;
• Não amarre (=torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada;
• Especificamente em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use compressas geladas de água do mar (ou pacotes fechados de gelo – “cold packs” – envoltos em panos, se disponível). Em seguida, realize a lavagem do local da lesão com ácido acético a 5% (Ex. vinagre), sem esfregar a região acometida, para evitar o aumento do envenenamento. É importante que não seja utilizada água doce para lavagem do local da lesão, nem para aplicação das compressas geladas, pois a água doce pode piorar o quadro do envenenamento. A remoção dos tentáculos aderidos à pele deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar;
• Não tente “chupar o veneno”, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local;
• Informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como: tipo de animal, cor, tamanho, entre outras;
*Fonte: Ministério da Saúde