Uma mulher fraturou o braço na noite desta segunda-feira, 23, numa abordagem policial na RJ-224, em São Francisco de Itabapoana, próximo ao Estádio Municipal, entre Volta Redonda e a Rua do Dil.
Por volta das 20h30, R.S.C., 44 anos, estava na garupa de uma motocicleta, quando o motociclista e namorado dela, identificado pela inicial M., não percebeu uma ordem dos policiais do Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual (BPRV) para parar. Um dos policiais estava na rodovia com um fuzil nas mãos. Quando a moto passou houve o choque do braço da mulher no cano da arma, o que provocou o ferimento.
Com o incidente os policiais socorreram imediatamente a mulher para o Hospital Manoel Carola. Constatada a fratura, abaixo do ombro, a vítima foi socorrida para o Hospital Ferreira Machado, onde teve de ser submetida a uma cirurgia e passa bem.
Os policiais rodoviários comunicaram o ocorrido na 147ª Delegacia Legal de São Francisco de Itabapoana. O fato apresentado pelos policiais foi confirmado pelo namorado da vítima, que também compareceu à delegacia.
M. contou em entrevista à Rádio São Francisco que os policiais já haviam o parado minutos antes, numa primeira abordagem. “Eu estava indo a São Francisco apanhar minha namorada, quando fui abordado pela primeira vez. Eles olharam meus documentos e eu segui normalmente. Na volta foi quando aconteceu tudo. Nesta segunda vez eu não percebi que eram os mesmos policiais. Eles estavam em outro ponto da rodovia, com o giroflex desligado e apenas o farol ligado. Se soubesse que eram eles, parava novamente”, disse.
O assunto repercutiu nas redes sociais. Usuários do aplicativo WhatsApp chegaram a divulgar que havia ocorrido um disparo do fuzil, o que, segundo o namorado da vítima, não aconteceu. “Seu houvesse ocorrido um disparo, o braço de minha namorada seria dilacerado. Não teve nada disso. Foi mesmo o impacto do braço dela no cano do fuzil”, confirmou M.
R.S.C. ficou de ter alta nesta terça-feira. Falta ainda a versão dela sobre o ocorrido. A delegada Ivana Morgado disse que irá aguardar o comparecimento da vítima para que ela relate também os fatos na 147ª Delegacia Legal.