Como o próprio nome sugere, servidor vem do verbo servir. E é exatamente isso que a professora Aldecina Domingues Carvalho de Lima, de 67 anos, faz há 47 anos em São Francisco de Itabapoana. Ela é a servidora mais antiga da Prefeitura e segue trabalhando como orientadora na Escola Municipal Domingos Santos, na localidade de Ponto de Cacimbas, interior do município.
A data de admissão de Aldecina é 1º de março de 1978. Ela conta que começou a trabalhar aos 17 anos, assim que se formou no curso de Magistério, quando São Francisco ainda era distrito de São João da Barra. Natural da localidade de Santa Luzia, a primeira escola em que Aldecina trabalhou foi na localidade de Quilombo, por mais de 20 anos. A unidade foi desativada.
Desde então, Aldecina trabalhou em unidades escolares nas localidades de Praça Imaculada, Praça João Pessoa, Carrapato e há mais de 20 anos trabalha na E. M. Domingos Santos. Em sala de aula, como professora titular do Ensino Fundamental, ela trabalhou por 35 anos. Há quatro anos, dedica-se a orientar os alunos que têm dificuldades na leitura e na escrita.
— Eu tenho muito prazer em trabalhar e muito orgulho do que eu faço. Gosto de ajudar as crianças a aprender a ler e a escrever. Graças a Deus, tenho saúde, dou conta das minhas tarefas e tenho muita disposição para trabalhar. Vou continuar fazendo o meu trabalho enquanto Deus quiser— disse Aldecina, ressaltando que não pensa em aposentadoria.
Frutos de uma vida - Aldecina se casou e teve uma filha, que se formou em Medicina e mora no Rio de Janeiro. Hoje viúva, a servidora, além de trabalhar na escola, administra duas fazendas da família. “Meu marido e minha família deixaram essas propriedades e tenho que cuidar. Sou professora, mas também sei plantar, vender leite, cuidar do gado. Muita gente não sabe que eu sou professora e só me conhece como agricultora, mas faço as duas coisas”.
Sobre ser a servidora pública mais antiga do município, Aldecina fala com orgulho. “Eu nem imaginava isso, mas fico muito feliz e orgulhosa. Tem muitos alunos meus que hoje são médicos, engenheiros, advogados e até professores que hoje trabalham comigo. É muito gratificante ver que o que a gente plantou lá atrás deu frutos. Eu amo o que faço e vou continuar a minha caminhada”.
Fonte: Ascom