Equipes da 3ª Companhia da Polícia Militar e da 147ª Delegacia Legal de São Francisco de Itabapoana localizaram um homem foragido da Justiça em sua residência na Praia dos Sonhos.
O elemento, E.P.S.N., 32 anos, é acusado de aplicar um golpe contra uma idosa de 77 anos, moradora em Italva, no Noroeste Fluminense. O golpe gerou um prejuízo de mais de R$ 300 mil à vítima.
Nas últimas semanas a Polícia estava monitorando familiares do homem e suspeitava que ele estava escondido na própria residência. Ao chegar no endereço a esposa dele franqueou a entrada dos agentes. Ele foi achado embaixo de peças de um guarda-roupas desmontado dentro de um dos quartos da casa.
De acordo com as investigações, o acusado se aproximou da vítima, que é moradora de Italva, com o pretexto de ajudá-la. Em janeiro de 2025, quando a idosa passava férias em sua casa de veraneio em São Francisco do Itabapoana, no Norte Fluminense, o suspeito iniciou uma amizade com ela. Ele, de acordo com a polícia, se aproveitou do fato de a idosa conhecer sua mãe e sua avó e, assim, ganhar sua confiança.
Em maio, a vítima percebeu que seu chip de celular havia sido trocado e um novo, em nome de um parente de acusado, foi colocado em seu lugar, afirma a polícia. A idosa revelou que entregou o chip antigo para o suspeito e, conforme as investigações, ele passou a atender as ligações.
A situação foi se estendendo, até que uma instituição financeira conseguiu contato com a vítima e a alertou sobre movimentações atípicas em sua conta. A partir daí, com a ajuda de parentes, a idosa descobriu uma série de transações fraudulentas, totalizando um prejuízo de quase 350 mil reais.
A apuração inicial revelou uma série de prejuízos em suas contas bancárias. Entre elas estavam transferências via Pix para o acusado e parentes; poupança esvaziada por meio de saques e transferências; emissão de cartões de crédito em nome da vítima, totalizando mais de R$ 24 mil reais; empréstimos consignados e antecipação do 13º salário, totalizando mais R$ 38 mil reais; e saques e compras não reconhecidas pela vítima, que juntas ultrapassam a marca de R$ 290 mil reais.
As investigações descobriram que a idosa nunca fez transações via Pix em seu celular e que não autorizou o homem a realizar nenhuma operação em seu nome. A vítima, que ficou com a saúde abalada com a descoberta do golpe, conta com duas aposentadorias de baixo valor para arcar com o prejuízo causado pelo golpe.