Tio do bebê de dois meses agredido pelo pai em São Fidélis na noite de quinta-feira (1), Agnaldo Rangel Couto Agnaldo Couto, usou as redes sociais neste domingo, 04/04, com informações médicas sobre o estado de saúde da criança. Aproveitou para agradecer as pessoas que se dirijam ao hemocentro regional de Campos para doar sangue.
Em vídeo, Agnaldo disse que o bebê continua internado em estado gravíssimo no Hospital Ferreira Machado (HFM), onde deu entrada com afundamento de crânio, diversos hematomas no tórax causados por mordidas e fraturas nas costelas.
A médica do Hospital Ferreira Machado, que integra a equipe que está cuidando da criança, disse ao tio que o bebê perdeu o rim direito e metade do esquerdo.
“Eles estão avaliando e qualquer parâmetro abaixo do que está, ele será levado imediatamente para a sala de cirurgia”, disse.
De acordo com informações médicas ao tio, o tórax está drenando menos sangue e a urina, também, está com menos sangue e está um pouquinha mais clara.
“É um trabalho de formiguinha. Quero pedir a todos que continuem em oração com energia positiva. Vamos batalhar para esse guerreiro nosso aí, se Deus quiser estar voltando”, concluiu.
Entenda o que aconteceu
O bebê de dois meses foi agredido brutalmente pelo pai na cidade de São Fidelis na quinta-feira, 1ª/04..
Na tarde de sexta-feira, 02/04, o pai assumiu a agressão em depoimento na 134ª Delegacia de Polícia, em Campos.
Este é o segundo caso envolvendo bebês em menos de 24 horas na área de atuação do 8º Batalhão de Polícia Militar.
Por determinação da 4ª cia, a guarnição da PM compareceu ao Hospital Armando Vidal para verificar vitima de agressão.
Em contato com a mãe, esta informou que seu marido saiu de casa por volta de 5 horas da manhã de sexta, 02-04.
Momentos depois ela resolveu ir atrás do marido, sendo que ao sair de casa com o bebê foram abordados por quatro elementos em um carro de cor branca, sendo colocados no interior do veículo.
Ela prossegue a narrativa informando que os elementos começaram a agredir o bebê, liberando ambos próximos a Igreja Católica da estação. Disse que foi ameaçada pelos elementos que disseram que voltariam para matar o bebê caso fizesse alguma denúncia.
Relatou que retornou para sua residência e posteriormente foi ao hospital por volta de 13 horas para atendimento.
Os policiais, então, conduziram pai, mãe e filho para Campos. Durante o registro da ocorrência, o pai admitiu a agressão e jogou toda a história de sequestro por terra.
De acordo com ele, as agressões teriam ocorrido na quinta-feira, 01/04, por volta das 23h, e o motivo teria sido o choro da criança, que foi internada no Hospital Ferreira Machado, com afundamento craniano, diversos hematomas no tórax, mordidas no abdome e fraturas nas costelas.