Neste sábado a paralisação dos caminhoneiros entra no 6º dia. Mesmo o Governo Temer afirmar que o movimento começou a perder força, os manifestantes ainda se concentram em trechos de rodovias federais no estado do Rio, mas segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), não há interrupção do trânsito.
Na BR 101–norte, nos quilômetros (kms) 70 e 75, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, os manifestantes estão no acostamento, nos dois sentidos da rodovia.
O mesmo ocorre no km 391 da BR 101–sul, no Rio de Janeiro, onde embora os caminhoneiros estejam nos dois sentidos do acostamento, o fluxo de veículos de passeio está normal.
Nos kms 204 e 206 da Rodovia Presidente Dutra, em Seropédica, onde nos últimos dias havia a maior concentração de grevistas no estado, a presença dos manifestantes nos dois sentidos do acostamento também não interfere no tráfego de veículos e ônibus.
Não há problemas também nos kms 268/269 e 276/274, em Barra Mansa. Lá, os manifestantes estão com os caminhões estacionados em postos de gasolina, no sentido São Paulo, e o trânsito flui normalmente.
A PRF informou que os motoristas também não encontram dificuldades na BR-101, a Niteroi/Manilha. Na rodovia, a concentração de grevistas é no trecho que vai do km 293 ao 297, em Itaboraí. Os manifestantes estão nos dois sentidos do acostamento.
Outro ponto de concentração no estado é no km 182 da BR-393, em Paraíba do Sul, onde veículos de carga estão estacionados em postos de gasolina. Na mesma rodovia, em Volta Redonda, no km 281, os caminhoneiros também permanecem no posto de combustível e o trânsito não apresenta interrupções.
Há presença de grevistas na BR-465, nos kms 14 e 31. Na BR-040, no km 113, em Duque de Caxias, os caminhoneiros permanecem no acostamento e em uma faixa da rodovia, no sentido Juiz de Fora. No km 61, em Petrópolis, também em direção a Juiz de Fora, os manifestantes estão reunidos no posto de combustível.
Há concentração de manifestantes ainda na BR-116 norte, a Rio/Teresópolis, nos kms 54 e 76, mas os motoristas não enfrentam dificuldades para passar na estrada.
Temer decreta uso de forças federais para liberar rodovias
O presidente Michel Temer assinou o decreto determinando o uso das forças federais para liberar as rodovias e reabastecer o país com os produtos retidos nas estradas. O decreto, publicado na noite desta sexta-feira (25), em edição extra do Diário Oficial da União, autoriza o emprego das Forças Armadas no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) até o dia 4 de junho.
Com isso, os militares darão apoio às forças policiais, como a Polícia Militar (PM), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional, na liberação das estradas. Além disso, as Forças Armadas poderão requisitar veículos e levá-los para distribuição dos produtos que carregam, mas isso só será feito caso o dono do caminhão – seja a empresa ou o próprio motorista – se negar a seguir viagem.
“A requisição de bens é um item do menu de opções que o governo tem em qualquer circunstância. Na medida que as coisas não voltarem à normalidade, o governo vai usar o instrumento que tem. A requisição é um ato de posse. Requisita, utiliza e devolve. É uma hipótese. Poderá ser utilizada na medida que for necessária”, disse o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira no Palácio do Planalto, horas antes da edição do decreto.
Além de disponibilizar motoristas para o caso de requisição de veículos, as Forças Armadas também podem escoltar caminhões que transportam produtos essenciais, oferecer ao serviço policial caminhões-tanque e outros veículos necessários para o cumprimento da GLO.
A paralisação dos caminhoneiros chegou ao quinto dia nesta sexta-feira. Mesmo após o acordo, várias estradas continuaram obstruídas, ainda que parcialmente, pelos grevistas. De acordo com o governo, no entanto, as interdições reduziram de 938 para cerca de 500, sendo que em nenhuma das restantes houve interrompimento total do trânsito. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, as informações são passadas pelos postos da PRF espalhados pelo país.
Fonte: Ag. Brasil