A polêmica envolvendo o mamógrafo de São Francisco de Itabapoana foi destaque em reportagem do Jornal O Dia desta terça-feira, 29. Segundo a publicação, a Secretaria de Saúde de São Francisco de Itabapoana (RJ) repercutiu nesta terça-feira (29) que a gestão anterior “levou o mamógrafo do município a um estado crítico de inatividade”; mas, que o governo municipal “já contratou uma empresa especializada para realizar o conserto do equipamento, essencial para o diagnóstico precoce do câncer de mama”.
A ex-prefeita, Francimara Barbosa Lemos, se manifestou recentemente sobre o assunto. Em nota, ela disse: “Quanto ao suposto uso abandono e danos em mamógrafo de alto custo adquirido com verba pública, com a construção da sede própria do Nuprapac (Núcleo de Apoio a Paciente com Câncer e Familiares), foi decidido que o mamógrafo instalado no Hospital Municipal Manoel Carola seria transferido para essa nova sede”.
Francimara alegou que a responsabilidade pela transferência do equipamento foi atribuída à empresa contratada para a execução da obra, conforme previsto em contrato: “Essa foi, inclusive, a razão pela qual o então secretário de Saúde não autorizou o pagamento da última parcela do valor relativo à obra. Portanto, a responsabilidade pelo transporte, instalação e colocação em funcionamento do equipamento de mamografia é da empresa (não citou nome) contratada, que deverá ser instada judicialmente a cumprir sua obrigação”.
O Jornal O Dia não conseguiu ter acesso ao responsável pela empresa. Porém, a atual gestão da saúde informou que o aparelho foi adquirido em 2022, funcionou por apenas um ano e meio e sofreu sérias falhas técnicas devido à má utilização e ao descuido: “A transferência inadequada para o Nuprapac, feita sem os cuidados técnicos necessários, gerou novos danos, agravados por improvisos como ligações elétricas inadequadas, oscilações de energia e infiltrações no novo espaço”.
“A expectativa é que o serviço seja retomado em breve, garantindo às mulheres sanfranciscanas exames com qualidade e segurança”, enfatizou a secretaria realçando que a retomada da realização do procedimento, reafirma o compromisso da atual gestão com a saúde pública, a prevenção e o respeito à população: “O governo não mede esforços para devolver esse importante serviço aos moradores do município”.
O problema já chegou ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Procuradoria Geral do Município. De acordo com o órgão municipal, os documentos referentes ao ocorrido foram encaminhados e a Terceira Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Campos dos Goytacazes instaurou Inquérito Civil Público, autuado sob o nº 2025.00598112.
Fonte: Jornal O Dia